Edwards Deming, referência mundial em qualidade, já dizia que os maiores problemas estão na gestão dos processos e não nas pessoas. É importante capacitar pessoas? Sim. É fundamental e básico. Mas profissionais competentes submetidos a processos mal estruturados e sem controle, muitas vezes, podem ser conduzidos a erros. Afinal, o fato de um profissional ser competente não o torna um ser infalível.

Nesse contexto, começamos a entender como os processos de qualidade são importantes para uma organização, em especial, no setor de saúde.

Quando ocorre uma falha de identificação de matérias primas em uma indústria, poderemos ter como consequência, um lote de produtos reprovado na inspeção final, gerando retrabalho e desperdício de matéria prima. Falha humana? Não descarto a possibilidade. Mas, se o processo de identificação dos produtos tivesse sido melhor planejado e controlado, muito provavelmente o erro humano não teria ocorrido.

Na saúde, o mesmo caso se apresenta no dia a dia em muitos de nossos hospitais. Em algumas vezes, com consequências fatais. Neste setor, infelizmente, nem sempre, os desfechos podem ser revertidos . A dor daqueles que ficam, não tem remédio.

É alto o investimento em qualidade e gestão? Perto, do custo do desperdício, do retrabalho, do desgaste da imagem na mídia e de processos criminais, qualquer que seja o investimento em qualidade, é mínimo. Então, por que tantos gestores na área da saúde são tão resistentes em implantar programas de qualidade, certificações e acreditações? Sou obrigado a crer, que é por puro desconhecimento do que a qualidade e a boa gestão podem fazer por uma organização de saúde.

Felizmente, está aumentando de forma significativa o número de organizações de saúde que investem de forma profissional e organizada, na melhoria de seus processos e gestão, buscando por exemplo, uma certificação ISO9001 e acreditação ONA. Nossa sociedade agradece!

Fique de olho em nossas postagens!